O Assaí Atacadista se destaca como a marca mais lembrada entre os consumidores brasileiros, refletindo a crescente busca por conveniência, personalização e preços acessíveis—fatores decisivos nas escolhas de compra. As marcas varejistas que mais permanecem na memória dos brasileiros foram reveladas em um estudo abrangente que explorou a relação do público com diversas categorias do varejo. Essas marcas não se destacam apenas por serem lembradas espontaneamente, mas também por influenciar as preferências e os comportamentos de compra em um cenário de varejo cada vez mais dinâmico e competitivo. A pesquisa “Branding Brasil”, realizada pela agência anacouto em parceria com a Painel Tap, detalhou a conexão dos consumidores com diferentes categorias do setor.
No topo do ranking, o Assaí Atacadista foi citado por 22% dos entrevistados, seguido por Americanas, Magazine Luiza e Carrefour, cada uma com 15% de menções. Casas Bahia, C&A, Riachuelo, Renner, Extra e Pão de Açúcar completam a lista das dez marcas mais lembradas.
Marcas mais lembradas pelo consumidor brasileiro:
- Assaí Atacadista
- Lojas Americanas, Magazine Luiza e Carrefour
- Casas Bahia
- C&A
- Riachuelo
- Renner
- Extra
- Pão de Açúcar
- Amazon
- Mercado Livre
- Shopee
- Havan
- Marisa
- Ponto Frio
- Walmart
- Pernambucanas
- Mix Mateus
- Supermercados BH
O estudo, realizado entre julho e agosto de 2024, envolveu 2.520 participantes. Na primeira fase, foram identificadas as 20 marcas mais mencionadas, e na segunda, avaliou-se o poder e a relevância de cada uma. A pesquisa utilizou o Valometry, uma ferramenta da consultoria anacouto para gestão de valor, que integra e mede métricas de marca, negócio e comunicação.
Classificação em categorias
Dividimos as 20 marcas mais lembradas em quatro categorias: supermercados, magazines, magazines de moda e e-commerce. Na categoria e-commerce, foram incluídas apenas varejistas que operam exclusivamente online, sem lojas físicas. O domínio dos supermercados e magazines na mente dos consumidores é explicado pelo estudo, que aponta que produtos de consumo imediato são preferencialmente adquiridos em lojas físicas, enquanto itens de maior valor são comprados através de diferentes canais, como os sites das marcas.
“Varejistas que vendem produtos do dia a dia continuam sendo as marcas mais presentes na mente do consumidor. A Americanas, apesar dos desafios recentes, permanece no imaginário dos brasileiros”, destaca Ana Couto, CEO da agência anacouto e da plataforma de conteúdo e aprendizagem LAJE.
Amazon, Mercado Livre e Shopee ocupam as 11ª, 12ª e 13ª posições, respectivamente, no ranking das marcas mais lembradas. Esses marketplaces digitais refletem uma mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros e se destacam em termos de satisfação do cliente. Cerca de 90% dos entrevistados expressaram satisfação com os marketplaces, enquanto os índices para supermercados, magazines e varejistas de moda ficaram em torno de 80%.
“E-commerces, por oferecerem um pacote de serviços completo e proximidade com os usuários, garantem alta fidelização e satisfação. Os marketplaces conseguem oferecer preços mais atraentes com alta conveniência, proporcionando compras com apenas um clique e entregas expressas no mesmo dia. Gamificação, personalização por algoritmos e criação de comunidades também contribuem para esse sucesso”, explica Ana.
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O que influencia a decisão de compra?
Na segunda fase da pesquisa, que analisou mais profundamente o comportamento do consumidor, ficou claro que o preço é o principal fator nas decisões de compra, seguido pela marca dos produtos. Embora existam semelhanças, as diferentes classes sociais atribuem pesos variados a esses fatores. Enquanto a classe A valoriza mais a marca, as classes C, D e E priorizam o preço.
“As condições de pagamento são menos importantes, provavelmente porque as principais opções já estão disponíveis em praticamente todos os comércios”, observa a especialista.
Varejistas internacionais têm conquistado espaço no mercado brasileiro, com plataformas de e-commerce alcançando altos níveis de satisfação entre os consumidores. A Shopee, por exemplo, se destaca por seu investimento em rituais de compra e comunicação estratégica, estabelecendo uma conexão diferenciada com o público brasileiro. Essa abordagem aumenta sua popularidade, inclusive entre as classes sociais mais altas, com 88% dos clientes expressando alta satisfação com a plataforma. A Shopee recebe altas avaliações de consumidores em todas as faixas de renda, mas a Amazon, já consolidada no Brasil, alcança um índice de satisfação ainda mais impressionante, cerca de 91%.
Confiança no varejo e suas marcas
A pesquisa também revela que a confiança do brasileiro nas marcas de varejo permanece forte. Cerca de 78% dos entrevistados acreditam que o setor varejista impulsiona o desenvolvimento econômico do Brasil, e 70% veem o setor como um motivo de orgulho para o país. No entanto, as classes sociais mais altas demonstram essa percepção com maior intensidade, o que reforça a necessidade de uma comunicação mais eficaz e de um engajamento mais profundo com as classes mais baixas. Apesar do impacto regional positivo e da sólida conexão com o público, ainda há espaço para fortalecer a comunicação e aumentar o sentimento de orgulho nas classes D e E.
De modo geral, as marcas com lojas físicas são as mais lembradas espontaneamente pelos brasileiros, enquanto os e-commerces criam uma conexão emocional mais forte. Os supermercados têm alto reconhecimento, mas não alcançam o mesmo nível de recomendação que as plataformas exclusivamente virtuais, como a Shopee.
“Vivemos um período de transição, onde os consumidores buscam por praticidade, conexão com a marca e clareza de propósito. Esse é um dos maiores insights do estudo”, conclui Ana Couto.
Portanto, em um mercado varejista em constante evolução, compreender as marcas mais lembradas e os fatores que influenciam a decisão de compra dos consumidores é crucial para qualquer negócio que deseja se destacar. Por isso ss marcas que entendem essas dinâmicas e se adaptam às novas demandas dos consumidores conseguem não apenas permanecer relevantes, mas também liderar o mercado.
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